Carne crua, gema, alcaparra, pimenta, molho inglês, cebola, picles e cebolinha: juntos, estes ingredientes formam o clássico francês steak tartare.
Duas histórias tentam explicar como surgiu o prato, e ambas concordam num ponto: não existiria steak tartare se não fossem os bárbaros com seus cavalos. A primeira versão atribui a invenção a Átila, o huno, e seus guerreiros, que tocaram o terror na Europa e na Ásia, no século 5. Para aproveitar a carne dos cavalos que morriam, a tribo de origem mongol tinha o costume de armazená-la sob as selas. Amaciada pelas cavalgadas, a carne de cavalo era temperada com raízes e servida sem necessidade de fogueira. “Eles adicionavam um ovo, também cru, e pimentas. Era uma comida forte, para dar energia”, diz Ludmila Fonseca, professora de gastronomia francesa do Senac. Durante o processo de expansão do império huno, o steak tartare chegou à França e ganhou novos elementos, transformando a receita no que ela é hoje.
A segunda vertente dá a autoria do prato aos tártaros, outra tribo bárbara, que ocupava a Rússia e a Ásia Central. Os tártaros não só comiam a carne crua dos cavalos como também bebiam seu sangue. “Eles tinham os cavalos como extensão do corpo e acreditavam que seu sangue tinha poderes”, afirma o chef Yann Corderon. Em 1915, os russos levaram o prato para a França e só lá ele teria ganhado a gema de ovo.
Com o passar do tempo, a carne de cavalo acabou sendo substituída pela carne bovina. Quanto ao corte utilizado, ele tem de ser magro, livre de gorduras e nervos e, principalmente, fresco. Corderon usa o filé-mignon – picado na ponta da faca – em seu steak tartare. “A carne picada perde menos sangue. A textura e o sabor ficam melhores”, diz ele. O resultado, como se sabe, é bárbaro. Fonte: Casa e Jardim #tartar #tartardesalmao #tartardesalmão #salmontartare #salmontartar 🐟🐟🐟 @donamanteiga #donamanteiga #danusapenna #amanteigadas #gastronomia #auladeculinaria http://donamanteiga.com.br/uma-invencao-barbara/