Como surgiu o prato
Segundo o projeto de lei, Petronilha estava com a família fazendo pamonhas quando acabou a palha de milho usada para envolver a massa. Ela conversou com o marido, que sugeriu que ela inventasse um novo prato tendo o preparo de milho como base.
À massa de pamonha já pronta, Petronilha adicionou: cebola, alho, sal, queijo, linguiça e jiló. Uma senhora chamada Francisca, que morava com a família, colocou muita pimenta malagueta no preparo e acabou inspirando o nome do novo prato.
No documento, consta que o marido de Petronilha foi quem batizou a receita de Chica Doida, por causa da grande quantidade de pimenta que Francisca colocou na massa de milho.
Popularidade
Também segundo o projeto, Petronilha foi passando a receita para vizinhas, filhas e amigas, até que o prato se popularizou. Com o passar dos anos, ele se tornou conhecido, não só em Quirinópolis, mas em todo o estado.
A partir do preparo original, foram criadas variações com frango, carne seca, sem pimenta e outros ingredientes.
Ainda de acordo com o projeto de lei, em dezembro de 2020 foi inaugurado um mercado público em Quirinópolis que foi batizado de Petronilha, em homenagem à criadora da receita de Chica Doida. Neste local, há um quiosque destinado à família dela para que possam vender a iguaria na versão original.
Segundo o documento, por quatro anos (2008, 2010, 2012 e 2018) a Prefeitura de Quirinópolis fez um festival gastronômico inspirado na Chica Doida.
Com base nesses fatos históricos, o projeto de lei foi criado com argumento de que, assim como a receita do prato, um patrimônio cultural é um conhecimento “transmitido de geração em geração e constantemente recriado pelas comunidades e grupos em função de seu ambiente, de sua interação com a natureza e de sua história”.
Fonte: G1 Goiás