O pão é um dos alimentos mais antigos que acompanha a história da Humanidade. Conta-se que o homem começou a cozer pão pelo menos 6000 anos antes de Cristo, mas foram os egípcios o primeiro povo a usar fornos de barro para cozer pão. Especialistas do cultivo de trigo, os egípcios faziam negócio, vendendo-o aos gregos, que entretanto se tornaram também peritos no fabrico de pão. Os romanos, por sua vez, aprenderam com os gregos e gostaram tanto do ofício que no ano 100 a.c., haviam já 258 padeiros em Roma.
A descoberta do fermento é igualmente atribuída aos egípcios. Uma obra do acaso, responsável por deixar a massa leve e macia, como conhecemos e apreciamos nos dias de hoje. Um egípcio deixou um pouco de massa crua fora do fogo e quando regressou para retirar o pão que estava a cozer, verificou que esta tinha fermentado. O pão resulta da cozedura de uma massa preparada com farinha de cereais, principalmente trigo, com água e sal e à qual se podem juntar outros ingredientes, como ervas aromáticas, enchidos, sementes ou outras especiarias. Inicialmente o trigo era apenas mastigado, e só mais tarde passou a ser triturado com pedras e transformado em farinha.
Sinónimo de alimento para o corpo e alma, de vida e de trabalho, o pão faz parte da cultura de muitos povos, tendo um significado importante em muitas religiões. O pão branco, de “farinha flor”, só apareceu no período da Idade Média, inicialmente nos conventos, depois nas casas mais ricas e só muito mais tarde chegou a todos os lares. Até ao final do século XX, o pão era normalmente produzido em casa, em fornos de lenha e em quantidade suficiente para uma semana.
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